terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Amor, com 'A', maiúsculo.

O meu amor sentiu pena, sentiu, eu sei. Ele viu que durante todo esse tempo eu dei o melhor. Tentei ser certa e fazer o certo. Viu que por ele eu enfrentei céus e terras, 'Deus e o mundo', por esse sentimento. Ele é testemunha do quanto quis que crescesse, fosse feliz e desse bons frutos. Mas ele estava sempre distante. As mãos que se encontrava o levava cada vez mais pra longe e durante todo esse tempo, pouco a pouco, o vi mais distante. As mãos que estava, estavam cada vez mais seguras e tinham outros planos, por isso o amor ficou longe. Desde então, de tal distância, passei a vê-lo cada vez menor. Resolvi dar um tempo, esquece-lo. Inútil. Resolvi então resgatá-lo. A saudade de vê-lo grande, como era, estava presente. Saudade de vê-lo, senti-lo em mim. Assim, vi que por mais que chegasse perto, não fazia sentido, por mais que diminuísse a distancia o tamanho era o mesmo! A distancia, os quilômetros que estávamos, não era o motivo de vê-lo tão minúsculo. Não mais. Só agora, de perto novamente, percebi que o amor não está mais naquelas mãos de antes. Tinha sido colocado sobre uma mesa no cantinho do quarto da bagunça. Aquelas mãos, depois de um tempo voltaram a procura-lo mas, de tão pequeno, se tornou impossível acha-lo entre tanta bagunça, onde foi forçado a se misturar. O amor tão lindo, perfeito e bem cuidado, como sempre foi, no meio de tanta desarrumação e tanta sujeira, naquele canto. O amor se viu pequeno, e pior, eu o vi tão pequeno diante do que foi. Não faz mais sentido, tanta alegria, tanto carinho, respeito, tanta compreensão e tanto aconchego para um amor tão frágil, que, talvez, nem suportaria tanto. Tudo o que foi, continua da mesma forma. Eu e todas essas atitudes mas o amor não. O amor pulou da mesa tentando ir ao meu encontro mas, de tão pequeno, frágil, mal alimentado e mal cuidado, por aquelas mãos que um dia lhe dei, espatifou-se e morreu de uma queda tão boba que comparada a antes só teria sido um belo salto. O meu enorme, forte e lindo amor, se foi. Só restou um minúsculo fraco e agora morto amor. Faça dele o que quiser, não sei se acredito em ressurreição.

Nenhum comentário: