sexta-feira, 4 de junho de 2010

Talvez.

Posso ter te sufocado com tanto amor, talvez. Mas só estava realizando um pedido seu. Talvez você não queria pedir isso. Você nunca soube se expressar. Mas sufoco não é o que eu sinto agora. Fui dormir confusa, admito. Acordei e passei, (pela primeira vez na vida) o dia inteiro com uma tremenda dor de barriga. Senti medo (não pela dor de barriga). Medo e certeza. Certeza de que o Amor não é mais o mesmo. É aquela velha história "o fim do amor é ainda mais triste que o nosso fim". Quanta verdade em uma frase só. Quanta tristeza me bateu, quando me dei conta disso. Como se tivesse perdendo, aos poucos, um ente querido. Por que é isso que o Amor sempre foi. É como se fosse parte da familia. E a familia sempre foi essencial na construção da história, de quem quer se seja. Mas assim como eu tenho certeza de deixar a minha familia, um dia. Estou percebendo, com a mesma certeza, que mais cedo ou mais tarde vou ter que deixar o Amor. Da mesma forma que a familia, vou ter que ir. Viver a minha vida, construir a minha proxima familia, o meu proximo "amor", no caso. Ou construir uma vida sozinha, isso tbm serve pros dois casos. Mais o dia já esta acabando, ele inteiro foi chuvoso, parecia está combinando com meu humor, mal humor, talvez. Talvez não. Talvez a chuva tenha vindo pra abrandar e concretizar. Me mostrar que jaja a calmaria vem e o Sol aparece. Lindo e forte, como sempre, como a minha vida.

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